35 anos de atuação na garantia e na defesa dos direitos da pessoa com deficiência
Fundado em 1985 por iniciativa de grupos envolvidos com a educação, o Instituto de Educação Especial Diomício Freitas de Criciúma completa 35 anos de trabalhos prestados em favor da pessoa com deficiência intelectual neste domingo, dia 19. Atualmente, 74 jovens e adultos, de 14 a 35 anos, são atendidos pela entidade. No local, professores e profissionais procuram, por meio de atividades pedagógicas, qualificá-los e conduzi-los ao mercado de trabalho.
“Recebemos depoimentos lindos de pais: ‘Eu não acreditava que meu filho pudesse chegar aonde ele chegou’. Mas eles chegam! E para nós é uma alegria muito grande, quando um aluno, que nem mesmo a família acreditava, consegue se inserir no mercado de trabalho”, declarou a presidente do Diomício Freitas, Maria Inês Conti Victor.
Voltado à independência, ao empoderamento e à inserção ao ambiente de trabalho, o Instituto oferece duas modalidades de ensino aos atendidos. “A primeira é a iniciação. Nessa etapa trabalhamos a autoestima, a valorização do ser, a autonomia nas atividades diárias, na higiene pessoal, porque nossos jovens chegam à instituição com uma baixa autoestima e quase sem saber quem eles são”, explicou Maria.
Após essa modalidade, de acordo com a presidente, inicia-se a qualificação, momento em que o ensino é baseado em um tripé: o do saber, do saber fazer e do saber ser. ”Esta segunda etapa vai além. Trabalhamos o conhecimento. Os professores passam o conhecimento de uma forma que eles consigam assimilar e entender. Também buscamos ensinar habilidades. São todas aquelas competências que eles precisam ter na empresa. E também trabalhamos as atitudes, os comportamentos que são necessários no trabalho”.
Agora, neste momento de isolamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), essa metodologia é aplicada remotamente. “Criamos um grupo pelo Whatsapp com as famílias e os professores. Todos os dias são passadas atividades e os alunos, com ajuda dos familiares, realizam essas tarefas e as devolvem”, contou a presidente.
Diomício Freitas: educando para a vida e para o trabalho
Com o passar dos anos, o trabalho da instituição se voltou ao atendimento da pessoa com deficiência. “Nós começamos a ter um cuidado voltado para esse grupo. Passamos a nos especializar nesta área. A nossa missão se tornou: acolher jovens e adultos com deficiência intelectual, de leve a moderado, e encaminhá-los para o mercado de trabalho, promovendo a sua inclusão social, sua inserção no mercado de trabalho”, lembrou.
Luta diária para continuar
Vinculada à Associação Pestalozzi e apoiada pela comunidade, empresários e poder público, a instituição ainda necessita de mais recursos para sua manutenção. “O nosso grande desafio é nos mantermos. É servir todos os dias uma merenda, um lanche para nossos alunos”, afirmou.
Mesmo com as dificuldades, a entidade busca meios de arrecadar recursos financeiros para prosseguir com o seu atendimento de forma gratuita. “Nós corremos atrás. Pedimos! Promovemos feiras, pedágios, campanhas e rifas”, disse.
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